É interessante notar que nos dias atuais ainda persistem temor ao tema espiritual, mas especificamente ao ligado ao espiritismo, doutrina esta, amplamente divulgada nos livros de Allan Kardec. Parece que, a Idade Média ainda resiste à evolução filosófica dos fatos que se teimam em não perceberem.
Sem dúvidas a cultura de uma comunidade, ou a crença religiosa devem ser respeitadas, mas o que se vê na sociedade brasileira ainda hoje é a ignorância da maioria em temer quando o assunto se refere aos espíritos. Assim, acredita-se que os espíritos comunicantes são demônios, e esta comunicabilidade seria um pecado. Tais conceitos fazem parte de particularidades culturais com forte dogmatismo, sem se abrir os olhos frente às novas descobertas. A evolução é constante e não se poder se apegar às crenças que serviram às culturas anteadas. A valorização cultural deve ser ressignificada conforme a própria evolução humana.
O que ocorre entre grande parte dos religiosos ou seus simpatizantes é o apego demasiado em relação a interpretação literal a que foi dada a Bíblia. É preciso caminhar e não estagnar com o pé no ado, e sim saber utilizar da base do conhecimento que foi construído, para refletir sobre o presente com as novas construções espiritualistas e filosóficas conforme a nova fase intelectual humana, visando também a evolução de sua moral.
Não se quer aqui de maneira alguma criticar qualquer religião que se tenha, pelo contrário, uma vez que, todo credo visa a busca pela melhoria espiritual do ser. Posiciona-se somente em abrir o debate para que se possa ter um diálogo reflexivo sem pré-conceitos do que não se conhece de fato. Pois, somente a partir de estudos, alguém pode opinar com conhecimento de causa, sendo o contrário, haverá apenas falácia e não ocorrerá o crescimento do ser e a “saída do casulo” tonar-se-á inviável.